12 julho 2006

iv sbpjor

o IV Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo recebeu a inscrição de 159 trabalhos. destes, 126 são comunicações individuais e 33 fazem parte de 7 propostas de comunicações coordenadas, que são mesas temáticas que já vêm costuradas em torno de uma ementa de discussão. todos serão avaliados por pelo menos dois pareceristas, pesquisadores doutores associados à SBPJOR (Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo). eu desconheço outro congresso que realize um processo de seleção ao mesmo tempo tão rigoroso e democrático quanto este.

é interessante ver o movimento de um campo que se consolida no Brasil e que mostra sua imensa capilaridade, com trabalhos que vêm de todos os lugares e mesmo de pesquisadores de outros países que mantêm conosco uma interlocução permanente. a SBPJOR foi criada em 2003, fruto de uma convicção que alguns insistiam em confundir com teimosia ou petulância. aos poucos, demarca um espaço de discussão que contribui para qualificar a própria pesquisa em jornalismo, tornando-a mais auto-exigente e menos complacente em termos teóricos e metodológicos.

a IV SBPJOR vai acontecer em Porto Alegre, na Fabico, de 5 a 7 de novembro, realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS. estou envolvida até o meu pescoço de pinta na organização deste congresso, e da Journalism Brazil Conference, que o antecede, mas acho que poucas coisas valem mais a pena, piu piu, do que um bom debate com pessoas interessantes.

9 comentários:

Telejornalismo Fabico disse...

*

ainda mais quando um time tão nom de profisionais está organizando.
:o)


*

Marcia disse...

a modéstia nunca foi o nosso forte, mesmo.

:P

Anônimo disse...

queria um post sobre essa questão da teimosia e petulância. já vi gente comentar sobre a sbpjor como se fosse uma tentativa de separar o jornalismo da comunicação, mas não interpreto dessa maneira. engraçado que ninguém acusa a sociedade brasileira de pesquisa em informática na educação de querer se separar da informática...

por outro lado, confesso que não consigo entender exatamente o que significa se tornar "mais auto-exigente e menos complacente em termos teóricos e metodológicos". acho que queria um exemplos concretos de metodologias específicas do jornalismo, para ver qual a diferença delas para as da comunicação em geral.

enfim, qual é a da sbpjor? :-)

Marcia disse...

trasel, por auto-exigência teórica e metodológica, eu quero dizer que a pesquisa em jornalismo precisa dar um salto de qualidade, explicitar mais os métodos, aprender mais com as ciências duras. como de resto toda a área de comunicação. mas eu falo de jornalismo, que é o que eu entendo.

e objetos de jornalismo exigem teorias específicas de jornalismo (que necessariamente devem ser casadas com teorias de outras áreas, e também mais amplas da comunicação). o que me incomoda é ver pessoas pegarem objetos de jornalismo e desprezarem as teorias do jornalismo, isso me deixa maluca. :P

sobre as metodologias, não é que existam específicas "do" jornalismo, mas se pensarmos nas especificidades do campo vamos ter que adaptar sempre os métodos para ver nossos objetos, e acabamos refinando estas metodologias.

qual é a da sbpjor? é reunir pesquisadores e ajudar na discussão. vamos trabalhar para criar redes de pesquisa, nacionais e internacionais. queremos boa pesquisa em jornalismo, só isso.

separar da comunicação? não. o problema é que tem gente que quer apagar a palavra "jornalismo" da área de comunicação, e aí não dá, né? vamos combinar. :)

Anônimo disse...

ah, tu já tinha comentado em aula sobre essa questão da metodologia. imaginei que fosse isso, mas queria ter certeza. como sou mestrando, ainda fico em dúvida se estou entendendo mesmo os doutores. ;-)

Anônimo disse...

Não teremos nenhuma manifestação oficial sobre o mico da dissertação que foi cassada depois de um plágio haver sido comprovado – após anos de desdém oficial pela gravidade do caso?

Marcia disse...

não sei, "bernardo". por que vc não pergunta aos oficiais: ao reitor, ao procurador, ao diretor da Fabico, à coordenadora do PPGCOM? no meu blog, eu só escrevo o que quero, quando quero.

Anônimo disse...

Não entendi as aspas. Será que de todos os que aqui comentam apenas eu precisaria me identificar com nome, sobrenome, cic e rg?

Ok, resposta entendida e arquivada - seca e prepotente como seria de se esperar de quem se arvora à crítica alheia.
Apenas esperava mais de alguém que escreveu, no decorrer do processo e ocupando cargo oficial, as seguintes palavras:

"Para finalizar, quero reafirmar que, por respeito a um processo que ainda tramita, não voltarei a falar sobre este caso, nem mesmo para responder a qualquer tipo de provocação. Em vez de falar sobre ética, eu escolhi praticá-la."

Dado que o processo administrativo já chegou a um fim em primeira instância, acredito que sua prática deveria sim ser substituída por palavras. Enquanto a universidade na qual a senhora milita for pública (ainda que o PPGCom não o seja), creio que não é favor algum pedir esclarecimentos de pontos obscuros – e obscuros porque tratados com o sigilo devido a vestais.

Marcia disse...

BERNARDO, vc deveria usar sua inteligência a seu favor, e não contra vc.

se eu disse que não falaria enquanto o processo estivesse sob julgamento, e o processo ESTÁ sob julgamento (como vc bem o sabe, pois o recurso de Gilberto Kmohan ainda tramita no Conselho Universitário), que ser de pouca inteligência não compreenderia o que eu disse?

não adianta tentar me ofender para me forçar a falar enquanto o processo tramita. eu não me impressiono com pessoas como você, que saem por aí dizem bobagem como "o PPGCOM não é público". é simples assim.

ah, sim. eu sou tão prepotente, mas tão prepotente, que não vou mais ficar respondendo aos seus comentários, tá? sabe como é, eu tenho muita coisa para fazer, na minha "militância" (???) na UFRGS. espero que vc não fique chateado.