10 setembro 2006

erecto?

as melhores entrevistas da Folha de São Paulo de hoje estão na coluna de Mônica Bergamo (aqui, mas apenas para assinantes). cinco candidatos a deputado responderam a perguntas banais do repórter Paulo Sampaio. as respostas seriam cômicas se não fossem... you know.

a melhor pergunta foi “você é de direita ou de esquerda?”. a ex-Big Brother Marielza de Souza, aquela que saiu do programa por causa de um acidente vascular cerebral, respondeu: “Isso eu não entendo. Prefiro não opinar, pra não dizer besteira”. é, isso seria muito bom. a corretora de imóveis Valentina Caran lascou: “Direita, claro. Direita, que você diz, é a pessoa correta né?”. sim, por supuesto. e o estilista que esqueceu de deitar e eterno tarado de plantão Clodovil Hernandes não titubeou: “Erecto”. a-hã.

Clodovil, diga-se, merecia um post só dele. é tão reacionário e baixo nível, que parece delírio. vejam só algumas respostas do marquês das passarelas:

O que é melhor, ser estilista ou deputado?
Depende de como você leva a vida. Se você quer dar o que é seu, tudo bem.

Direita ou esquerda?
Erecto.

Quanto ganha um deputado?
R$ 15.000. Pra mim, isso não dá pra uma semana. Tem uma verba paralela para pagar os empregados, mas já sei que vou ser roubado por eles. No Brasil, mais de um é quadrilha.

Qual a vantagem de ser político?
Nenhuma. Ainda mais porque eu nasci aqui e não na Alemanha, onde tudo é melhor, a começar pela raça. Nós viemos de índios bobos, antropófagos, você não pode pretender que as coisas sejam iguais.

Pretende recompensar quem o apóia?
Não vou prometer coisas para um povo que depois faz tudo pra te derrubar. Não sou como essa gentália [sic] de políticos sem vergonha que, de um dia para o outro, passa de Ali Babá para Herodes. É claro que vou precisar de apoio, porque sozinho a gente não consegue nem se masturbar — tem de pensar em alguém.

tenho um amigo que mede o tempo por “um Simon ou dois Simons”, tendo como parâmetro que os discursos do senador Pedro Simon duram sempre pelo menos estafantes trinta minutos. podemos instituir o índice Clodovil, que seria uma espécie de medida de bestialidade. uma frase meio besta seria “um Clodovil”, e uma frase hedionda seria, sei lá, “cinco Clodovis”. o problema vai ser medir as frases do próprio marquês dos babados: vai faltar clodovilmômetro.

10 comentários:

Ana disse...

Andei olhando o horário eleitoral. Haja clodovilmômetro!
Tô muito arrasada, não consigo decidir em quem votar!

Rosamaria disse...

Tô na mesma situação da Ana e da maioria das pessoas com quem eu falo. Não sei em quem vou votar.


Experimenta usar o clodovilmômetro no horário político...

Zeca La-Rocca disse...

UUUUUUUUi!

Graziana Fraga dos Santos disse...

putz...
o pior que é capaz deste clodovil ser eleito, passou da conta nesta entrevista...

todo mundo que eu converso diz que não sabe em quem votar também...
quero só ver o que vai acontecer :)

Anônimo disse...

Tragicômico! Boa sorte, patrícios! Pelo visto, vocês irão precisar... :(

Anônimo disse...

E um piumômetro mostraria o que, doce pintinha?

Anônimo disse...

Boa, anônimo!! Também quero saber!!! :)

Maitê Mendonça disse...

Só rindo Márcia de um cara desses. Que anta ambulante... Mas o pior é que há quem vote nele... Abs

Telejornalismo Fabico disse...

*


esse é o circo da política, em que ganha o voto quem mais se destaca no ramerrão.
triste é saber que essa figura tem grandes chances de se tornar deputado. e pior ainda, saber que ele realmente pensa isso.
que a desgraça não caia pesadas demais sobre nós.


*

MC disse...

E se utilizar o clodovilmômetro no próprio Clodovil? Pifa! :P