03 dezembro 2006
sandwich
“A natureza fez as ilhas Sandwich do Sul e nunca mais usou a receita. Talhou suas formas com erupções vulcânicas e esculpiu o acabamento com gelo, ventos e ondas.” assim começa uma saborosa reportagem do último número da National Geographic, com texto de Jennifer Holland e fotos magníficas de Maria Stenzel, sobre o fim da América do Sul.
milhares de pingüins habitam estas ilhas, andando de modo obstinado nos glaciares azuis e atirando-se de montanhas gigantescas ao mar, para comer tudo que puderem e voltar para alimentar os filhotes. ou para morrer logo ali. não há opção possível, se você nasceu para viver assim. entre o destino trágico dos animais e os belos mistérios da vida que insiste, navegam exploradores destemidos que estão sempre por superar os próprios limites – como Jérôme Poncet, que há três décadas enfrenta o mar hostil e o isolamento para dar ao mundo o saber desta orquestração.
minha revista preferida sempre exibe a grandeza do universo e nos recoloca em nosso ínfimo lugar: o mundo é maior que nosso quarteirão, as estrelas são o infinito por ser desvendado, a natureza não tem pressa. o mundo é de uma beleza que mal pode ser narrada. talvez possa ser vivida.
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9 comentários:
pois é... O universo é genial, o planeta Terra é lindo e o ser humano faz uma baita sujeira.
...
O tempo da natureza é outro mesmo. E que deliciosa sensação quando conseguimos, por alguns momentos, romper com a habitual contagem humana para mergulhar nesse infinito.
é uma bela revista.
essa foto é de lá? jogaram um flash no pingüim. o coitado deve ter ficado tonto.
ah, esfiha de espinafre é uma delícia. eu era vegetariano, comia sempre.
*
vc fez uma ode à vida sem imaginar que a falta dela poderia estar tão próxima. movimentos estranhos esses, que nos conctam com algo que vai acontecer e reafirmam o sentido primeiro do que sentimos: viver é premente e tudo pode acabar num estalo qualquer.
uso tuas palavras: a vida é de uma beleza que não pode ser narrada, tem que ser vivida.
*
Bom refletir sobre tudo isso, de um jeito tão bonito!
E ter em mente que é finito, pra não desperdiçar cada chance de viver de verdade...
Li uma reportagem sobre o Katrina muito legal nessa revista em agosto. Abs
Taí, Márcia.
Quando me deparo com uma bela paisagem, com qualquer exemplo da infinitude deste mundo, vem logo o silêncio - que não é mudez, mas o som da minha alma que começou a cantar em coro com aquilo que vejo.
Bj.
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