os surpreendentes aprendizados da comunicação organizacional. você sabe, você está inserido no mundo. você vive no seio da sociedade, esta peituda. a menos que você seja um eremita que plante seu próprio ópio e fabrique sua própria cerveja, você é obrigado a conviver com os humanos. e, a menos que você seja um humano adulto que tenha herdado o trono da Abissínia, você é obrigado a batalhar pelo pão árabe de todo dia em uma, ui, organização.
e então você almoça no restaurante da organização. aquela coisa que só não é um bandejão por um detalhe semântico. você fala mal do sistema, reclama do contra-cheque, come o fígado dos maus colegas. o de costume. aí você vai ao banheiro dar aquela escovadinha básica nos dentes. afinal, você vive entre humanos. vai falar com eles, bafejar na cara deles, brigar com eles. o básico de quem vive numa sociedade civil organizada.
você adentra o banheiro. e vem aquele cheiro de desodorante vencido. não “vencidinho”. não “levemente vencido”. vencidaço, mesmo. a popular asa. ato reflexo, você pensa “oh god, será que sou eu?”. você entra em uma das casinhas e se fareja em busca de carniça. ufa. deus existe e usa rexona. não é você.
você sai da casinha e começa a escovar os dentinhos. a misteriosa asa continua perfumando o ambiente. que porra. então da outra casinha sai aquela sua colega de trabalho. bem vestida, de saltinho, colarzinho étnico fashion. aquela meiguinha que fala sibilando. o cheiro de asa toma conta do ambiente. definitivamente. ensandecidamente. poderosamente. você só não devolve o valoroso almoço porque suas papilas estão encharcadas de colgate.
incrédula, você olha pra figura. ela sorri. dá uma sibiladinha. e vai embora. sem lavar as mãos.
22 comentários:
Credo! Que porca!
No mais, é isso aí:
a vida é um sutiã; tem que metê os peito.
Um grande beijinho!
pensa bem:
pintinhas têm asa(s)... logo...
tá bom!
hehehe
abço
Carmencita, fecha os olhinhos, que eu vou bater no Zeca.
Zeca, é que a minha família tem um contrato com a Red Bull. as asinhas são metafóricas, entende? e agora baixa tudo, que eu vou te sentar o sarrafo. anda, passa.
eu ia falar o que o zecadela rosca falou, mas não quero chegar em casa com o olho roxo.
então vou de carmencita: que nouxo.
com este evento provou-se que a tua coleguinha não é uma lady, pois ladies não suam, brilham :P
Dá pelo menos a inicial da fedorenta, vai... só uma letrinha :P
*
que coisa mais gay, xuxu, falar mal de mulher.
áh, pintas são mulherzinha, esqueci.
só viado que não pode.
*
Pelo menos, a coleguinha meiga deu a descarga????
Pinta, deixo aqui meu convite para conhecer atraves de fotos um pouquinho La Coruña e santiago de Compostela.
Um abraço carinhosos do outro lado do oceano
www.adriana-wonderfullife.blogspot.com
Cáustica. "Vi" a cena. Hehehe.
surpresa nenhuma! anos de experiência invadindo banheiro de mulher me confirmaram que ao contrário do que reza a lenda, mulher é muuuuito mais porca que homem, e olhe que nem estou incluindo os gays aqui.
Agora cá entre nós... sentir fedor no trabalho (considerando que você não trabalha em construção!) e cheirar a própria axila prá conferir?!?!? Mal sinal, hein neném??!?!???!
Ihhh... olha a porrada...
Que nojo, e existem piores, aquelas que deixam absorventes vermelhinhos espalhados pelo chao do banheiro publico!
eca eca eca
vou repetir o que disse lá no blog do Sean: rir bem baixinho pq hoje é sexta-feira santa e é pecado
huáhuáhuáhuáhuáhuá
até tenho medo de apanhar tb, mas o Zeca tem razão.
ah! eu conheço uma moça que tem este probleminha...eca!
pude imaginar a cena... colarzinho étnico fashion...ótimo!!!
huahuahauhauhauhauhua
Lembrei de uma amiga que morreu de câncer. Nos últimos dias ela tinha um cheiro bem forte, de morte. Mas não era por falta de higiene. Estava sempre asseada.
Sapo, olho roxo? jamais. eu sempre bato em lugares mais reservados.
Urubu, a letrinha eu só conto no pau-de-arara. :P
Xon xuxu, é que eu sou mulézinha traíra, entendiii?
Arnaldo, embora eu estivesse quase desmaiando, tenho quaaaase certeza que Dona Asuda deu descarga. ah, acho que deu sim. afinal, ela é sofisticated.
Adriana, thanks pelo convite. :)
conheço La Coruña. adorei Santiago de Compostella. cidade linda, com esta mistura de antigo e moderno que tanto me agrada. acho que eu seria feliz em Compostella.
Mariana, vc certamente teria contado de um jeito muito mais gozado do que eu. nunca vi narrada tão engraçada. :P
Little Lion, sua provocação não merece nem uma asinha (ops) de resposta. e voe (ops) daqui com suas insinuações. vamos logo ao que interessa, seu espertinho: como assim, "anos de experiência em invadir banheiros femininos"? uau, uau, uau. sexo selvagem? \o/
Simone, as coisas que a gente vê. e DE QUEM a gente vê!!!
MC, eca, dizia a Dona Marreca. nojo, respondia o Seu Entojo. (da série "poesia infantil da pinta amarela")
Rosa, pecado é não gargalhar. vai ter que rezar 327,4 pai-nosso por causa disso.
Grazi, o pior é que o colar era bem lindo. devia estar cheio das mais nojentas bactérias, mas era lindo.
Carmencita, não é o caso da pessoa deste post.
Dra. Pinta, já notou que são as mais arrumadinhas, sibilantes e "fresquinhas" das organizações que possuem os hábitos de higiene mais exóticos?
onde eu trabalho tem uma dupla igual. uma demora no banheiro, deixa lá um gato morto e lava as mãos com a menor quantidade de água (e tão somente) que eu já vi. a outra não lava as mãos AT ALL.
ir ao banheiro no trabalho começa a me parecer um exercício de análise perigoso. ow, fuck.
Que resposta mais seca. Você até parece obsediada.
Um grande beijinho astral!
Ana Paula, essa coisa do pinguinho de água é tradicional. impissionante.
Carmencita, uma pessoa que eu amava muito morreu de câncer. eu estava lá. é um assunto, portanto, com o qual eu não brinco. um grande beijinho!
E eu brinquei por acaso?
ah, conta pra mim, vai!!!!! Já até imaginei a cena, pena que não estava lá, quer dizer, que bom que não estava (risos). Bjs
hahahahaha. Me lembrei que alguns dias atrás, passei por uma situação parecidíssima. No ônibus. Quando entrei disse: "hummm que cheiro de cebola". Sentei no único lugar vago que tinha e adivinha? era do lado, ou atrás, ou na frente, do "azento(a)". Virei minha cabeça pro lado, pra baixo, pro alto e nada....tentava de toda maneira respirar o arzinho que vinha daquela janelinha que fica na parte superior do ônibus, sabe? Passei uns bons minutos ali, respirando, mas fui obrigada a colocar a mão no nariz pra não morrer sufocada. Ainda bem que a criatura (acho que era um ET, bem fedido) desceu antes da minha parada. Um horror!!!!
Postar um comentário