07 junho 2008

realidade

deixar a verdade entrar é como pender de um arranha-céu em uma noite de ventania. lá embaixo, as luzes pequenas se movem sem saber que você existe. a verdade não escolhe calendário. um dia, ela entra. a noite espantosa está à sua frente. você se atira em um abismo de emoções. seus próprios sentimentos se refletem nas janelas, nas calçadas, nos sons distantes. o vento enche seus olhos de enormes partículas de realidade. você está solto no ar. livre, um pouco cego, um pouco perplexo, um pouco em transe. deixar a verdade entrar é jogar no desfiladeiro a vontade de que tudo fosse diferente. é dar as costas e ir embora.

5 comentários:

Anônimo disse...

daí, o pouso.

Carlos Eduardo Carrion disse...

Pois a mim a realidade sempre me dá uma sensação de um:
a)Pô!! É assim, é!
b)É! É assim.
c)Puta que o pariu! E o idiota aqui não se deu conta.
Tem outras variantes, mas não são significativas estatísticamente.

Maroto disse...

a verdade é acachapante, mas acima de tudo é libertadora.

Eu não sei, você sabe? disse...

piando pra uma boa pinta...

fera, vc é fera...uma pinta feroz no que faz!


beijo!

Débora Elman disse...

Pura verdade. e quando a gente pensa que é muito importante para alguém ou para alguma coisa, dá-se conta de que é apenas um nada para outros nadas que se acham importantes.ponto.