o tempo de Um nunca é o tempo de Outro. o tempo de cada um depende de suas vivências, memórias e emoções. Um deglute lentamente uma preciosidade. quando a compartilha, deseja que Outro a aceite imediatamente, de modo indolor. é natural, pois ela já está assimilada por Um. (e o que mais importa para Um, senão o que Um vive? é a lei da selva.)
e então, surpresa. Outro não é sobre-humano. Outro tem seu tempo particular. Outro está imerso em pesadelos. Outro precisa se recolher, um pouco, para compreender. Outro precisa da delicadeza de Um. a delicadeza é a única ponte que pode permitir, a Outro, atravessar.
mas Um não quer, não sabe, não pode lidar com o que provoca. (se Um não quiser, não souber, não puder, restará para Outro apenas uma vaga sensação de importância. "o que é que eu valho?", já se perguntou Roland Barthes. Outro vale o que vê refletido nos gestos de Um. é a lei do mais forte.)
6 comentários:
oi, pintinha!
é muita filosofia pruma pobre coitada!
vai lá no blog que podes ganhar um presente de natal se quiseres participar de um meme. eu sei que tu gostia!
bjim, cosquirídia.
Sempre haverá diferenças entre Um e Outro, e isso é salutar. Se Um e Outro valorizarem a intersecção do conjunto, a união crescerá
Reconheço que sou lentaaaaa...
Demoro a tomar decisões, protelo, adio.
Mas tenho pressa, quando se trata do Outro. Urgência!!
Daí...
Que delicado esse teu jeito de falar sobre desencontros.
sim. cada um tem seu tempo, ritimo. e como disse a Ana, eu sempre tenho pressa!
beijos e bom findi!
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na lei da selva não há troca: um devora e outro é devorado.
não há tempo pra metáforas.
muito menos pra descobrir se o espelho é côncavo ou convexo.
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