acabo de ler um romance pequeno e instigante, "O Outro". é do mesmo autor de "O Leitor", Bernhard Schlink. o protagonista vê sua mulher morrer de câncer e, um pouco depois, recebe uma carta surpreendente, de um homem que foi amante de sua mulher. a carta era endereçada a ela.
o resto é o desenrolar de eventos que são detonados pela curiosidade de conhecer este Outro, saber que necessidades ele havia preenchido e, especialmente, entender como era sua mulher aos olhos de um Outro. há todo um evoluir de sentimentos e percepções sobre si mesmo e a busca persistente de auto-conhecimento - que, como sempre, só vem refletido em um Outro, ou vários.
li uma vez que amar é isto: "todo dia amar, todo dia perdoar". alguma imperfeição, alguma palavra mal colocada, algum retraimento inexplicável, algum cair em silêncio, alguma súbita e suspeita alegria. todo dia amar, e todo dia perdoar. não apenas a quem se ama, mas também a si mesmo.
4 comentários:
Fiquei com vontade de ler...
Bjs
CACO
Também fiquei!
Assustador, isso, da gente achar que conhece alguém e ser surpreendido desta forma!
Beijos, Pintinha!
Valeu a dica.
E aquilo de perdoar é sério!
também fiquei louca pra ler.
O Nelson Rodriguez escreveu um conto sobre isto. É sobre um viúvo que em vez de matar o suposto amante, fica feliz porque finalmente tem alguém que pode entender a perda da mulher.
Neste mundo nada se tem de novo, apenas repetições, apenas umas melhores que as outras. Versão I, II, III e assim por diante. Seria bobagem pensar que a Versão I seria a melhor.
Carrion, numa de crítico literário
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