12 novembro 2009

cheiro

a saudade é um negócio esquisito. se dá sobre o vazio e a lembrança. mas tem cheiro. tem gosto. tem textura. vem no sol que se põe, à esquerda da sacada. e na lua que se levanta, à direita. vem trazida pelo vento de um dia morno. pela cebola que doura na panela e inscreve sempre um nome. o mesmo nome, repetidas vezes, achando um jeito de ficar ali.

2 comentários:

Fred Tavares disse...

ou, además: "cheirando o nome que está ali".
ando entendendo de saudades. vou ficar expert!

Dalys disse...

Sim, é isso mesmo.