21 fevereiro 2010
o visconde
terminei de ler "O visconde partido ao meio", de Italo Calvino. é um livro pequeno, de 1952, e não vou contar a história. basta dizer que o visconde Medardo di Terralba toma um tiro de canhão durante a guerra. a metade boa e a metade má são irmamente divididas, e é a má que primeiro retorna para casa.
nada nesta vida é o que parece, e a absurda imaginação de Calvino nos diz isso todo o tempo. o livro é recheado de grandes frases, mas uma é sensacional: "às vezes a gente se imagina incompleto e é apenas jovem".
genial. porque só a experiência traz a derradeira compreensão: ser completo é ser bom e mau, é ser isto e aquilo (apenas para lembrar Cecília Meireles).
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4 comentários:
Ah, Marcia, pois eu tenho a nítida impressão, contrariando o senso comum, que era mais sábia quando mais jovem...
Gostei muito do seu texto,
bj
Tuve la sensación de que Medardo se desdoblaba psicológicamente (el tema del id, el ego y el super ego). Pero me pareció que el desdoble a lo largo del libro era semiótico y uno mismo al leer termina desdoblándose.
Yo estoy segura que cuando era más joven me sentía más completa...puede ser un asunto de inconsciencia de la juventud...o lucidez de la madurez...
*
quando eu crescer, quero ser completinho.
mas sem barriga.
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Compreender é uma tarefa difícil. beijo
carmen abreu
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