estou lendo "Um retrato do artista quando jovem", do James Joyce. uma das tantas leituras que fiquei me devendo, uma das tantas que faço agora apenas por prazer. e então Stephen Dedalus é ainda um menino. e expressa o que sinto.
"Ainda tentava pensar qual seria a resposta certa. Era certo beijar sua mãe ou era errado beijar sua mãe? O que significava aquilo, beijar? A gente erguia o rosto assim para dar boa-noite e então a mãe abaixava seu rosto. Isso era beijar. Sua mãe punha seus lábios em sua face, seus lábios eram suaves e molhavam sua face; e faziam um barulhinho mínimo: beijo."
também queria agora este barulhinho mínimo: beijo. kiss.
2 comentários:
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em alguns momentos muito específicos, o beijo de minha mãe era a garantia de que havia um lugar no mundo. mesmo quando tudo apontava o contrário.
são marcas temporais e afetivas que desvendaram o intricado código de viver.
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sempre lembro do beijo da minha mãe antes de dormir. enquanto ela pode, vinha me dar, depois eu ia dar nela.
saudade.
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